Algo se perdeu e ainda
Vai se perdendo nos antigos
Cadernos da adolescência:
A inocência fora riscada
Varada por uma injúria
Tecida na brancura do lençol
E o meu sono envelhecido
De muitos anos (meu sono
Perdido) sobrevive
E cresce feito uma garatuja
Impresso como o vestígio da seiva
Eterna e conclusa de uma folha
Ou antiga flor marcando
A trágica página onde se parou