Chove lá fora, e eu na solitária, Copa do mundo no Brasil e eu aqui sem ver nada;
De repente, a parede começa a tremer,
Tenho uma sensação de que algo vai acontecer,
Não sei ao certo o que é mas me arrepio por dentro,
Toco a parede e o meu dedo não mente,
Isso não é normal, nenhum trovão é tão potente;
E eu, que ja não escutava mais,
Posso sentir, essa vibração que me atrai;
Com o meu dedo daí então passo a ouvir,
Minha ferida não dói mais, ela ja sumiu daqui,
Não faz mais mal, do dia anterior,
Quando eu briguei com um mulçumano radical;
As costas rasgadas, costurada sem anestesia,
E isso acontecendo, não vou esquecer esse dia.
Mas o que sinto agora é uma sensação de paz,
Ouvindo aquela voz, temo e devagar vou pra trás,
Tão forte e poderosa enfim entendo o que ela diz,
Sinto o peso no meu olho, lembro dos Racionais,
Uma par de fita instantaneamente passa na minha mente, eu ouço atentamente,
Seguro o choro corajosamente, só tento mas confesso não consigo mais,
Simultaneamente a lágrima rola e já não dá mais, Erguendo os olhos vejo no espelho seu brilho,
Ao ouvir Deus dizendo: "Volta pra casa meu Filho"