Cumpadre, me faça uma caridade,
Me compre esse rádio por quanto valer.
"Mode" eu não ter raiva, e não ficar roxo.
Depois ficar "choco", "mode" eu não morrer.
Me diga cumpadre, pelas caridadade
Que quer esse radio pra sua familia.
Eu dou de agrado, uma duzia de pilha
Que junto com ele mandaram eu comprar.
Andava comigo pra todo lugar,
Pra feira, novena, açude, roçado,
"Inté" um retrato com o peste do lado
Todo abestalhado me pus a tirar.
Mas tive um desgosto, depois do reporte
"Mode" uma noticia que o peste me deu.
Falou que mataram cumpadre Nenêu.
"Pertou" o meu peito, me deu um "sobroço"
Os povo correu, foi um alvoroço
E o rádio danado, a falar e dizer.
Dizer que foi tiro, seis tiro de "doze"
Pro "riba" de um coiçe, de um tal karatê.
Falou que os povo pagaram pra vê
Que foi briga boa, bem "afulêimada"
No bom da noticia, fez uma "zuada"
Não deu quem matou, nem disse o "pruquê".