Passo a ponte levadiça e de entrar,
Só me separava um véu carmim
Com forma de arco em ferradura.
Mas um perfume lento, de jasmim,
Embebeda-me em te não deixar
Minhas mãos na volta da cintura...
Sonharei voar no domínio das águas,
Quero pousar-te de manso na mão,
Deixar-te penas brancas no ventre;
Levo, na boca, uma flor de vento em botão,
Um malmequer que floresça sempre,
A fonte de todas as nascentes!
Quero inventar mais longe para amar-te,
Onde as águias sintam vertigens
E nem meus sonhos possam tocar-te!
Aí te cantarei em vôo rasante
E num abraço, a medo, de amor virgem,
A nascentes de todas as fontes!