Amazônia mata minha sede
De ver o Uirapuru cantar
Sem medo de caçador para caçar
Se houver medo que eu confie em curupira
Que brinca de pira pega
Pra confundir caçador
Que se perde no meio da mata
E se encanta com o canto de Iara
Nas barbatanas do Boto
Que conhece o fundo do rio
No pé do açaiceiro sustenta
O sustento que mata a fome
De cunhantã, de curumim
Que preta é aquela
Que vem acolá, descendo o rio de canoa?
É Dona Maria, é Dona Maria, é Dona Maria!
Égua, olha, disque o iguarapé vai secar
Tão tudo de olho na nossa terra
Nas nossas águas Sonho de Índio é ver homem branco dizer
Que não mais desmonta a mata (bis)