Eu vou estar lá pra estragar a festa
Eu vou te mostrar tudo o que não presta
Eu vou insistir Naquele assunto que vocÊ detesta
Pois você há de sentir
E há de aprender
O que é a fome
O que é nem ter sobrenome
Enferrujar a engrenagem louca
E compartilhar pois a bóia é pouca
Com astúcia ousar berrar ainda que a voz te saia rouca
Você vai se arrepender
E há de lamentar
Ter tornado seco e velho
O espírito de pirralho
Que habita o prazer,
Mas hei de te ver no assoalho
Eu vou te mostrar a minha força de trabalho
Vais sentir na língua o gosto arenoso do assoalho
Engolir calado pedaços do teu espelho
Congelar à míngua e se cobrir só com retalhos
D'uma bandeira qualquer
D'um passado que sequer
Será lembrado