Isso é um Beat vazio com um M'c chei de letra
É um Trap, é um Rap com chumbo na caneta
Marreta, guindaste, cruz, tonelada
Ou qualquer outra palavra pesada (pesada!)
Réu confesso, Rap adicto, convicto
5 disco invicto, não M'c eucalipto
Que cresce rápido mas só empobrece a nossa terra
Em 3 ano já era, motosserra!
Eu vim pra ver a paz em cada semblante
Cantar e botar fogo no bagui sem Blunt
Coxinhas não entendem, não,não consegue entender
Que nós já era esquerda bem antes do PT
Sem essa de partido, sem-pre fomo inteiro
O Rap é livre, Zé povinho que é carcereiro
E se você começou ontem à tarde
Vai dar um Google ver o que é uma Garrard
Do nó na gravata ao nó na garganta
Mentiras que vendem domingo nas banca
Ódio Self-Service, amor Fast-Food
Heróis fabricados made in Hollywood
Da maçã da Eva pra maçã da Apple
Viva o pão e circo, novela e boteco
Protesto de plástico, revolta tão rara
O medo é o imposto que ninguém declara
No país da delação premiada, escuta telefônica
Obra superfaturada, faraônica
Qualquer partido faz o PCC parecer turma da Mônica
E nós ta dend'água tipo alface hidropônica
Tem gente morrendo, se desesperando
E o que eles fazem, socorrem os bancos
A imprensa imprime à jato de sangue
Recarrega os cartucho a cada bang-bang
Eu sou um pé de cabra, as 3 da madrugada
Na porta da biblioteca que vive trancada
Sou um livro no fundo da sala, no fundo da escola
No fundo d'uma quebrada, no fundo d'um país
Onde professor da aula sem ter lousa e nem giz
E aposentadoria é privilégio de juiz
A salvação é uma imagem na estante
Jesus virou marca de refrigerante
Sou metamorfose ambulante, contradição
Um sarau no mei da terra da festa de peão
Bancada por alguma marca de cerveja
Velando a finada música sertaneja
Sou favela vive, enquanto os playboy morre
Gastando a herança com coca, puta e porre
O bem e o mal, o trágico e o cômico
O velho e novo, Artesanato Eletrônico