Meu coração é um alvo de adagas
Arremessadas pelas fadas da madrugada
E elas querem dar prazer
E hoje dá pra ser
A melhor madrugada já vivida
Entre todas as outras madrugadas da sua vida
Lá, lá, lá, lá, lá
Misteriosa como nut
Independente como artemis
Sensual tal qual oxum
Vital, energia de freya
Possui a sabedoria de sofia
Te ilude, maya
Te destrói como sekhmet
Te reconstrói como isis
Já não possui mais a dúvida de rhiannon
Vive a abundancia de lakshmi
Desfruta a vida como hator
Dança feito oya, traz as mudanças
Após enfrentar a escuridão como inana
Como durga, protege seu espaço
E ai de quem cruzá-lo
É natural que se encante e se perca até se achar novamente
Retomando os sentidos e se questionando
“Que tipo de mulher é esse?”
Esse tipo de mulher, meu amigo
É o tipo de mulher mais raro e mais perigoso de se cruzar
O que eu tiver, meu bem, eu dou
É só você deixar
Só conheço o dom do amor
E eu posso lhe mostrar
Druidas, valquírias, ciganas, odaliscas
Belas dançarinas, bandidas e alquimistas
Sacerdotisas que conhecem os mistérios do tantra
Possuem os melhores perfumes, suas vozes são mantra
Sua dança encanta até o coração mais bruto
Num efeito que pode te levar até o surto
Um passeio entre o sexy e o sublime
Entre o heroísmo e o crime
Onde se desvenda o estase existencial
Perigosa como uma arma bélica
Divina tal substancia enteogênica
Alucinante como uma droga sintética
Princesa, ígnea e criogênica
Ela é artista nas horas vagas
Ativista nas horas pagas
Artista nas horas vagas
Ativista
Ou você se apaixona, ou você se enlouquece
Ela não é de ninguém
Ela se auto pertence
Se pensa em comandá-la
Esquece
Se pensa em ganhar
Lembre-se que ela sempre vence...