Almejo o lar, paterno lar amado;
De meu Jesus ao peito estar;
Bem longe andar do mundo e do pecado,
No perenal e doce lar.
Com sonhos mil eu comecei na lida,
Um só, de todos, resta, em minha vida;
Meu peito arde em forte desejar:
Almejo o lar, almejo o lar!
Coro:
Desejo ao lar, desejo ao lar,
Desejo ao lar, ao lindo e eterno lar,
Saudoso estou e canto em triste exílio:
Eu quero ao lar, ao doce lar!
Almejo o lar; eu vi, em doce sonho,
País melhor, a pátria além;
Mansões, jardins, e tudo tão risonho
Refulge à luz, à paz e ao bem!
No mundo, aqui, as flores se murcharam,
As aves já seu ninho abandonaram,
E a alma geme em triste suspirar:
Almejo o lar, almejo o lar!
Almejo o lar; o barco busca o porto;
As águas do regato, o mar.
O filho vem da mãe ao seio, absorto;
Eu quero ir também ao lar.
Em meu viver, em riso ou desventura,
Também cantei, e o eco só perdura,
Qual triste voz, dolente, a soluçar.
Almejo o lar, almejo o lar!