Bela peitaça
Esta a do meu amor
Insuflada a rigor
Por um plástico artista
Mais os seus olhos
Com lentes florescentes
Que de tão incandescentes
Chagam a cegar a vista.
Umas unhas "nails"
Coladas á maneira
Com as cores da bandeira
De um estado América
Parecem garras
De ave de rapina
Tipo águia assassina
Que ataca todo o ano
Refrão:
Aí meu amor
Ao pé de tanta beldade
Qualquer masculinidade
Não compete no tamanho
Pois sendo assim
Vou tratar de atarraxar
Algo de suplementar
Adeus vou ali já venho!
Meu cocuruto
Uma cabeleira assim
Loira tipo Marilyn
Toda ela aos caracóis
Na boca dentes
Faces em branco marfim
Que quando sorri para mim
Brilham mais do que faróis
A testa tesa
Totalmente plana
Botox a fartazana
Sem sombra de expressão
Quando sorri
Assume uma ar afável
Qual boneca insuflável
Grau zero de emoção
Refrão:
Aí meu amor
Ao pé de tanta beldade
Qualquer masculinidade
Não compete no tamanho
Pois sendo assim
Vou tratar de atarraxar
Algo de suplementar
Adeus vou ali já venho!
Os lábios cheios
De colageno importado
Lembram o rabo inchado
Do macaco africano
Depois do peeling
Ficou tão fininha a pela
Que parece ate papel
Reciclado a mais de um ano
No seu traseiro
Tirou uma gordura
Modelou a cintura
Com lipoaspiração
Já o nariz
Encurtado a facada
Transformou-lhe a fachada
Em focinho de cão
Refrão:
Aí meu amor
Ao pé de tanta beldade
Qualquer masculinidade
Não compete no tamanho
Pois sendo assim
Vou tratar de atarraxar
Algo de suplementar
Adeus vou ali já venho!