Quem espera sempre alcança
Ou se cansa de tanto esperar
Foram tantas lágrimas
Morrerem sonhos, nasceram outros
Os meus verbos são perdidos
Mas meus amigos tinham planos
Foram tantas marcas
Marcaram rostos, não calaram bocas
Onde nós estamos?
Onde nós chegamos?
O que esperamos de nós mesmos?
Somos jovens ainda
Os monstros não existem mais
Por isso adormecemos
Envelhecemos muitos anos
E nos tornamos inimigos de nós mesmos
Não dissemos o que nos caberia dizer
E o que diria camões?
E o que plantamos nunca deveremos colher
Mas não fizemos por mal
Quem plantará nossos sonhos?
Quem colherá no final?