De nascimento, é um chamamento, uma vocação
Pra se cavar da vida, a água, o pão da vida
E nunca dizer não
E nordestinamente no zabumba ter o coração
Nordestino
Ainda menino percebeu rimar
A sua sorte e o medo da morte daquele lugar
Onde fartava a vida, a água, o pão da vida
Decidiu lutar
E nordestinamente ouvia o velho lua sanfonar
Cantando "juazeiro", "asa branca" e "baião"
Sonhando o dia inteiro
Com rio, são paulo
Adeus sertão
Nordestino
Deixa o pé de serra e vai se aventurar
Na fumaceira e outra bagaceira há de enfrentar
Quase perdendo a vida, a água o pão da vida
Vê sumir no ar
E nordestinamente sente uma saudade de matar
Nordestino
Ouve um belo hino, uma pregação
Lhe toca inunda a alma, profunda é a conversão
Ao ver que a própria vida, a água
O pão da vida é Deus - revelação
E nordestinamente chora
Aos pés de cristo a salvação
Cantava "juazeiro", "asa branca" e "baião"
Sonhando o dia inteiro
Com rio, são paulo
Adeus sertão