A caminhada é mais cruel do que imaginava;
Quando o castigo é humano envelhece as almas;
Muita calma soldado, só destrava a sua arma;
Ultrapassaram um limite, agora foda-se o carma;
Nada vai voltar pra quem se foi como um brinquedo;
Não existe condolências pra frutos do gueto;
Contra quem é a guerra? Contra quem é o ódio?
Eu contra você?!! Choramos pelos mesmos olhos;
Pode crê né tru, e o jogo fica bem pior;
Ao lembrar que sou uma peça desse efeito dominó;
Caralho!!! agente vai caindo sem tempo pra revidar;
Soldadinhos destruídos, exaustos pra lutar;
Os que tentaram sonhar, enterrados no quintal;
Uns esquecidos no armário sem condicional;
E continua a marcha triste rumo ao horizonte;
Por uma vitória invisível que se encontra muito longe;
Longe de mais, como uma causa certa;
Do guerreiro adaptado a tal selva moderna;
Que encosta um fuzil no vidro do importado,
"Desce! ou a porta sai no tiro e você fica em pedaços;"
Ali perto em um jardim, uma jasmim á aflorar;
Logo adiante queimo uma erva vendo o mundo acabar;
Cemitério de brinquedos...
As vezes acho que um coração bate em função da dor;
E lá atrás lapidaram o destino de um vencedor;
Em busca da esperança só corri em círculos;
Talvez carregue o peso de um ancestral fodido;
Só de tabela eu viajo, sem ninguém por perto;
Me sinto abandonado, tipo uma pluma no universo;
Perguntas em silêncio que faço pra mim mesmo;
Não encontro respostas e segue os pensamentos;
É embaçado né, tentar viver a vida;
Numa floresta escura onde não existem trilhas;
Me armando pra deixar qualquer mãe em desespero;
Eu sou bem mais que isso, não quero ir como um brinquedo;
Só um castelo de titânio pra não desabar;
Os de areia sempre caem com as ondas do mar;
Com a queda fica um ar de sonhos perdidos;
E eu passo a acreditar que nada mais faz sentido;
O mundo sempre foi um elemento congelado;
Que sente a naturalidade em cada tiro disparado;
Sem violino, sem flauta, sem piano e sem arpa;
Não são sons assim que encantam uma quebrada;
Cemitério de brinquedos...
Antes do amanhecer sei que nada mudou;
Um dia segue solitário com ausências do amor;;
Em cada canto da cidade ou de todo o mundo;
Um raciocínio vem vagando louco com isso tudo;
Por que ninguém entende, Não da pra compreender
Ou prever oque dessa vez vai acontecer;;
Cê da um abraço apertado no seu mano agora;
Sem saber depois de quem será a hora;
Não sinto um ser humano no tom de cada fala;
Só o inferno e o céus caminhando de mãos dadas;
Não sei se eu me encorajo, não sei se sinto medo,
Não quero ser enterrado no Cemitério de Brinquedo,
a Classe alta é só aplausos a cada tombo nosso;
Mas ficam com cú na mão quando soldados estão próximos;
Aqui não tem ingênuo pra trincar com seus pecados;
Minha medalha é a honra adormecendo um fracasso;
Nem desculpas pelas mães que vem chorando;
Por injustiças que flutuam a mais de dois mil anos;
necessidade por uma vida que vem ocasionar;;
Metas, idéias e sonhos presos em algum lugar;
Achei que éramos iguais, infelizmente me enganei;
Errei 12 tiros, mas ao menos um acertei;
Temos algo em comum nosso futuro é o mesmo,
Vou te trombar em sono eterno no Cemitério de Brinquedos...
É irmão... "A vida é apenas uma ilusão da qual jamais sairemos vivos", ela te da o privilégio de poder subir pelos degraus dos sonhos, da esperança, te da o dom de poder sentir respirar, se emocionar e amar. Ela tem um vinculo forte com a morte, te da o que tem de melhor depois vem a morte e passa a foice sem dó,
Ela nunca erra, sempre vem com o bote certo, já era, sua esperança e seus sonhos foram simplesmente cortados pela lamina fria e escura do espírito mais temido do universo, a morte é virtude da vida mesmo sendo quase impossível, temos que aprender a conviver com ela irmão, mas aê, uma coisa que me mantém de pé é você, é você cuzão, jamais terá o privilegio de comprar a imortalidade porque ela não escolhe por classe social, se é alta ou se é baixa, se é negro ou se é branco, portanto eu, você ela, ele, nós, todos temos o mesmo destino, todos temos um lugar reservado no Cemitério de Brinquedos...