Muito prazer meu nome é:
Antonio, Raimundo, João, Benedito,
Nonato, Pedro, Sebastião da terra
Luto pra conseguir um pedaço de chão
Quem dera
Quem é você que rouba meu sono, meu vinho, meu pão, me enterra
Cujo a vida não vale se quer um tostão
Pudera, pudera
Se você só sabe enganar, mentir
Roubar, trapacear a vida inteira
Ta na hora de tomar vergonha na cara
E parar pra
Pensar que existe amor e fé na vida
Sou povo sofrido do povo
Eu quero meu sonho de novo
Sou semente nova da terra
Só quero o que é meu e me espera
Me dá, me dá, me dá, me dá
Deixa eu plantar crescer vingar
Já faz tempo que eu venho esperando esse jogo virar
A esperança é a força que faz o sem terra lutar
Luta irmão, briga que é teu esse chão
Foi teu suor que irrigou esse torrão
Luta irmão, que foi Deus quem te deu esse chão
Foi teu suor que irrigou esse torrão
Grileiros, fazendeiros, donos de seus latifúndios
Madeireiros, pistoleiros grilam a propriedade
De uma terra sem lei de injustiça e impunidade
Num espiral de opressão encarando a divisão colonial
De tamanha grandeza e herança desigual
Desemprego, ignorância, violência no campo
Canto pela missionária Stang
Nossa terra está sangrando
Carajás, Anapú, bala no peito, Redenção
De quem é a culpa quando morre seu irmão
Chacinado em movimento por uma reforma agrária
Então reforma a tua mente e vê que a coisa toda ta errada
Canto pela missionária Stang
Nossa terra está sangrando
Paz na terra aos que precisam
Chega de exploração
Deus quando nos deu a terra
Não demarcou esse chão