Me corto a língua
Se eu voltar falar seu nome
Nesse amor que me consome
Se eu pensar me mato à míngua
Vejo meu pranto
Universo em desencanto
Me afastando desse mal
Meu nobre ser
Que padeceu a sua falta
Nunca mais esteve em alta
Nem tem mais onde descer
Meu coração
Que resistiu a negros dias
Chegou seu dia de cristal
Você pra lá e eu pra cá
Agora sei que só assim
Eu poderei valorizar
Todo esse amor que existe em mim
Feriu a virgindade desse céu
E banal o tornou a vida
Do mistério desse véu
Ousou rasgar o manto desse amor
Jogou ao vento os farrapos
Transformando tudo em dor
Fingiu ...que sorriu
Feriu meu amor