Muito prazer, meu nome é fome!
Sou algo que consome,
Sei que sou o que sou,
Mas não sei quem me inventou.
Parceira do desânimo,
Meus amigos são anônimos,
Se a comida beija a boca,
Fico louca se for pouca.
Minha presença ao rico ofende,
Sou ofensa, porém o pobre não se rende,
Em todo ser que se alimenta estou presente,
Sei que é fácil viver quando estou ausente.
Nunca vou embora, sempre saio pra passear,
Mas logo o tempo passa e tenho que retornar,
Sou lança afiada que penetra até mesmo o mais duro homem,
Sei que você já sabe, mas torno a repetir: “Muito prazer, meu nome é fome”.