Teu jeito de andar me faz tão bem
Mexendo o corpo, pra lá e pra cá
Eu me imagino nesse vai e vem
Mexendo assim não sei
Não vou suportar
Por que não atracar teu corpo
Todo no meu corpo?
Por que não mastigar meu cheio?
E em ti me ter um pouco
Por que tanto por que?
Se o que a gente quer é
Lábio calejado, fala curta
É um bem me quer mútuo.
E os teus por quês curtos, tão
Quanto o fruto em proporção ao pé
O grão e o monolito
Em relação a ti as outras
São vestígios
É como se os seus olhos
Congelassem meus escudos
E minha alma sucumbisse ao flow
Do teu sussurro
E o teu sorriso branco
Tão livre quanto o vôo
Do meu colibri
É como se o seu chegar
Me agasalhasse em flores
E me livrasse desse frio de serra
Em fim de noite
E os traços do teu rosto
Do meu gosto
E um pouco do teu sopro
Pro meu arrepio