Assim são as palavras
Artifício sonoro da mente humana
Na boca o som ao ar que emana
Às vezes, aos olhos com lágrimas
Na pele um arrepio surdo
Palavras pelos ouvidos fundos
Que ocorrem ao coração da gente
Sem que saibamos fazem morada
Voz que permeia, rua molhada, estrada
Ponte de orifícios e janelas
Aquarela em palco furta-cor
O mundo caiu do céu nas mãos
A fala calha à cabeça dos homens sãos
Letras marcam o elo de saber
Sentir nos dedos, frases consumidas
E o tempo passa, hora sobre os passos
Espaços entre a fala e o conceber
Quero beber um licor de poesia
Lave-me os copos da intuição
Sirva-me em postas todo...
Quero beber um licor de poesia
Lave-me os copos da intuição
Sirva-me em postas toda essa língua