Encontro de boêmios e poetas
Encontro de cantigas e cantores
Num bálsamo que alivia nossas dores
Em noites que pressentem nossas metas
Eu sinto que minh'alma se completa
E meu espírito em gozo abraça a noite
Quando em teus braços sinto como açoite
Mil vibrações que deixam-me inquieta
É o meu recife, sonho dos artistas
Meu caminho em busca da conquista
Que faz constante em minha euforia
Eu te adoro em tuas madrugadas
Teu casario, teus bares ou calçadas
Tudo é motivo para minha poesia
É na praça do diário que o amor é centenário e todo dia acontece
Se não é noticiado, as vezes negociado por preço que não conhece
Vê-se um cabra num pandeiro, toca ali o dia inteiro
E eu não sei como ele aguenta
E o outro no berimbau, faz munganga, enverga o pau
Que o suor corre na venta
Se vou ao pátio do terço tenho tudo que mereço de carinho e oração
Onde lele toca flauta, vejo as luzes da ribalta ascender sua canção
Recife dos manguezais
Da cor dos canaviais
Do caranguejo amarelo
Do siri que sai do saco
Pula fora do buraco
Se aprega no chinelo
Rasga o pé do pescador
Mostrando que a mesma dor
Sofre que mata o que é belo
Capiba nasceram dois
Um veio antes um depois
O rio e o cantador
Do poeta falam mais
Porque o seu frevo faz
A rua mudar de cor
São trinta copos de chopp
São trinta homens sentados
Trezentos desejos presos
Trinta mil sonhos frustrados
É na praça do diário que o amor é centenário e todo dia acontece
Se não é noticiado, as vezes negociado por preço que não conhece
Vê-se um cabra num pandeiro, toca ali o dia inteiro
E eu não sei como ele aguenta
E o outro no berimbau, faz munganga, enverga o pau
Que o suor corre na venta
Se vou ao pátio do terço tenho tudo que mereço de carinho e oração
Onde lele toca flauta, vejo as luzes da ribalta ascender sua canção
Recife dos manguezais
Da cor dos canaviais
Do caranguejo amarelo
Do siri que sai do saco
Pula fora do buraco
Se aprega no chinelo
Rasga o pé do pescador
Mostrando que a mesma dor
Sofre que mata o que é belo
Capiba nasceram dois
Um veio antes um depois
O rio e o cantador
Do poeta falam mais
Porque o seu frevo faz
A rua mudar de cor
Atrás de casa ficava a rua da saudade
Onde se ia fumar escondido
Do lado de lá era o cais da rua da aurora
Onde se ia pescar escondido
Capiberibe
Capibaribe
Capibaribe, vamos limpar esse rio
Vamos limpar esse rio
Vamos limpar esse rio
Eu trago aqui
O meu cavalo marinho
Pra atravessar o rio
Pra atravessar o rio
É tão bonito
Esse rio com esse nome
Esse rio mata fome
De quem cuida desse rio
Capibaribe, vamos limpar esse rio
Vamos limpar esse rio
Vamos limpar esse rio
Ouvi falar da historia de dois grandes afluentes
De arte água pra terra, fortes braços e vertentes
A água turva de lama, refletindo alegre drama
De um carnaval colorido
Do poeta alguém lembrou
E quando a festa passou
Ficou o rio poluído