Um anjo na esquina
Me apareceu
Trazendo o naco do fígado
De prometeu
E me escolheu
No meio daquela multidão
Para acenar com a bandeira
Da transformação
E me falou
Que eu era sempre um cara
Tão igual
Que para aquela multidão
Seria sobrenatural
E voou comigo numa nave ao redor do sol
Em 365 dias de calor
Era o espírito do planeta
Da terra e da água
Da minha mágoa
E do meu cabelo duro
Era o futuro
Eu sou todo escuro
E sou o clarão
O anjo era torto
E quando eu me saquei passei
Por cima de todo dilema
O anjo me guiou com a mão
Pra fazer poema
E voltando da viagem
Eu não estou sozinho
Pois em cada esquina
Sempre encontro
Um irmãozinho
Zinho, zinho, zinho