hoje que a mgoa me apunhala o seio
e o corao me rasga atroz imensa
eu a bendigo da descrena em meio
porque eu hoje s vivo da descrena
a noite quando em funda soledade
minh alma se recolhe tristemente
pra iluminar-me a alma descontente
se acende o crio triste da saudade
e assim afeito s mgoas e ao tormento
e dor e ao sofrimento eterno afeito
para dar vida dor e ao sofrimento
da saudade da campa enegrecida
guardo a lembrana que me sangra o peito
e que no entanto me alimenta a vida