MENSAGEM - 1946
(samba) - Cícero Nunes e Aldo Cabral
Quando o carteiro chegou
E o meu nome gritou
Com um carta na mão
Ante surpresa tão rude
Nem sei como pude chegar ao portão
Lendo o envelope bonito
No seu sobrescrito eu reconheci
A mesma caligrafia
Que me disse um dia
Estou farto de ti
Porém não tive coragem
De abrir a mensagem
Porque na incerteza
Eu meditava e dizia
Será de alegria
Ou será de tristeza
Quanta verdade tristonha
A mentira risonha
Uma carta nos traz
E assim pensando rasguei
Tua carta e queimei
Para não sofrer mais