A Primavera em mim tornou-se Inverno - sem Flores, sem Frutos, sem Folhas.
Nós tornámo-nos Eu - Noite sem dia, sem escolhas.
Vejo-me sem reflexo, grito sem eco - o meu prazer maculado p'lo passado a teu lado.
Carrego o fardo que escolhi, quando me deito numa cama vazia.
Se chamo por ti, nego-me a mim - perco-me enquanto caminho, diluo-me na profundeza das águas.
Não vou, sou levada - Ardo em fogo lento, ao contratempo.
Quero um novo acordar...