Meu pai um dia revirando seus guardados,
Num envelope feixado, uma foto encontrrou
De um moço forte, robusto e bem trajado
Relíquia de um passado, que muito tempo guardou
Ví que meu pai observava admirado
O retrato amarelado que o tempo desbotou
Naquele instante, debruçado na janela,
Quando perguntei: quem era, o meu velho assim falou:
Sou eu, meu filho, o moço da foto amarela,
É que o tempo não espera, soluçando, me abraçou
Hoje estou vendo: o que disse, era verdade,
Tempo passa, a mocidade murcha e cai como a flor
Hoje meu veho mora na eternidade,
Mas eu guardo com saudade tudo que ele me esansinou,
Disse: meu filho, seja honesto e descente,
Guarde bem em sua mente, o homem colhe o que plantou.