Não é de hoje que a ira me sonda
Esfriando meu sangue me propondo a sombra
Enquanto, vejo o terror e a ameaça que ronda
Eu quero cobrar a bronca e se isso for da sua conta
Mano, não sou de ferro e não pretendo ser jamais
Mas sou da luz e o que eu vejo daqui me traz
Vontade sim, de agir com a razão
Movido pela ofensa, mesmo que custe abortar a missão
Tenho motivos de sobra, recursos a volta
Argumentos pra justificar a revolta
Sei de milhares que estariam comigo
Zombando a morte, dançando em frente ao perigo
Não sei se tenho mais o que perder
Dei minha cara a tapa e eles não se cansam de bater
Se o mundo jaz do maligno, então
Me diz se os reis dessa terra merece algum perdão
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Li no aviso que abismo chama abismo
E poderosos não gostam de malabarismo
Nos manipulam sem perder o equilíbrio
Obstinados, por nos fazerem viver de delírio
Eles colorem o mundo da cor que escolhem
Do que plantamos no fim são eles que colhem
Até que chega a hora, que vemos no espelho
Todas as cores somando em tons de vermelho
Do sangue que é exposto, junto ao suor do rosto
Só o amor pra ser maior que o desgosto
Vejo a pressão de fora, sinto a pressão na alma
Velhas contradições renovam traumas
O inferno existe, o próprio homem comprova
O céu resiste e a tudo isso reprova
Viver com dignidade é ser a prova
A mão da injustiça nunca cavará minha cova
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
Devo me controlar
A razão não pode mais me dominar
A vingança não pertence a mim
A razão não pode mais me dominar
A justiça não pertence a mim
A razão não pode mais me dominar
A vingança não pertence a mim
A razão não pode mais me dominar
A justiça não pertence a mim