Rosto marcado de tantas lutas, tantos planos por fazer
Meus cabelos escorridos, tão compridos quanto os anos
Que passaram
Sobrevivo a meia luz, pelos guetos da cidade
Meu destino a correr, uma vida pra viver
Ser humano é tão frágil
Na dita civilização
Sem dinheiro pra comer
A fome passa sem se ver
Vou cantando pra esquecer
Sou tão sujo em minhas roupas, vivo tonto por aí
Minha barba já não tem, mais um rosto pra seguir
Pouco importa o governo, ele nem se preocupa mesmo
Eu não voto eu não falo, a minha voz nem eu percebo