Mesmo ferido eu sigo, eu nunca desisto antes de morrer.
Levando caro um pouco de graça, eu pago o preço de viver
Sob um sol que a cada dia cobra um novo que não vem.
E, de acaso ou de fome, eu me ajeito com o que tem.
Lanço um sorriso incisivo e canino, defendo assim meu lugar
Sob uma mesa de farto banquete que os ratos devoram sem dó
E, por baixo ou por cima, ou tentando se chegar
Cada qual se faz em cada um na estupidez desse jantar.
Já são horas de colher, não posso mais.
-se plantando tudo dá - já esperei!
Já são horas de colher, não posso mais.
Se plantando tudo dá, cadê o meu?