Eu sou o indio que nasceu na pele branca
Prá falar pro povo branco o que o índio falaria,
E que na voz do índio, brnco não escutaria.
Somos todos iguais, só mudam os ideais
Enquanto um quis viver bem com a natureza,
O outro quis riqueza mesmo tendo que matar.
Enquanto um sabia bem como viver,
O outro quis poder mesmo tendo que matar.
E chega de sacanear, chega de nos enganar,
O branco derrubou nossas florestas, cobriu com asfalto
E aos rios cobriu com merda.
A "justiça" brasileira cade? que além de devagar,
É cega e não quer ver.
(como que uma raça tão cruel, pode se julgar superior?)
Eu sou o preto que nasceu na pele branca
Pra falar pro povo branco o que o preto falaria
E que na voz do preto, branco não escutaria.
Nós somos só animais, não temos nada de mais
A não ser uma grande inteligência
Na maioria usada com muita negligência
Inteligência muito mal usada,
Em prol da minoria privilegiada.
E se eu te perguntasse a diferença
Entre o branco e os outros povos
O que você responderia?
Que um é de inteligencia curiosa e o outro exercita a sabedoria,
Enquanto um tira a comida da sua roça,
O outro quer conforto e tecnologia.
Eu sou a criança que esperou ficar adulta
Pra falar para um adulto o que a criança falaria
E que na voz de uma criança, adulto não escutaria
O importante é brincar e sonhar e amar sem se preocupar
A vida nos faz crescer e quem sabe esquecer de um grande prazer
Que é aquele de ser uma criança, brincar e dançar
Quando o universo canta.
Nunca deixe o seu sonho merrer,
Os homens se tornam o que sonham ser,
Se você sonha ser um grande ser
A vida pode ser muito boa pra você.
Eu sou o bicho que nasceu na pele humana
Pra falar pro povo humano o que o bicho falaria
E que na voz do bicho, humano não escutaria.
Eu sou a planta que nasceu na pele humana
Pra falar paro povo humano o que uma planta falaria
E que na voz da planta, humano não escutaria.