Passo o beiço no palheiro
No velho isqueiro chamusco
E o cebruno de repente
Me da um coice no cusco
Num pulo se vai para o céu
Me leva junto no basto
Pra cima berro e buléu
Pra baixo matando o pasto.
Quase me quita las riendas
Renos mal vinham atadas
Se não ia junta as garras
Lá no fundão da invernada.
A cuscada sai batendo
Para espantar os assombros
O pala me tapa a cara
E o céu me vem pelos ombros.
Ai, ai, ai, ai, ai vida gineta,
Ai, ai, ai, ai, ai vida gineta.
Sonha com moça bonita
Nos bailongos de carpetas
E acordar com esses reiunos
De baixo das minhas rosetas
E acordar com esses reiunos
De baixo das minhas rosetas.
Oigalete pago pra vê
Carca o garrão é bufo e mango ai,
Manda solta,
Que tá formado o fandango
Ai,Manda solta,
Que tá formado o fandango.
Quase me saca de riba
Ao corpear de uma gambeta
As onze dentes se agarram
E abrem charco na paleta.
Já que eu venho com a coragem
Numa cachaça de molho
Meto a roseta de ferro
Lá no buraco do olho.
Se senta na própria cola
Da um bufido e se boleia
E um quero-quero pachola
Se debruça nas orelha.
Abro a perna e saio liso
Segurando no buçal
E as esporas campo a fora
Deixam um rastro musical.
Ai, ai, ai, ai, ai vida gineta,
Ai, ai, ai, ai, ai vida gineta.
Sonha com moça bonita
Nos bailongos de carpetas
E acordar com esses reiunos
De baixo das minhas rosetas,
E acordar com esses reiunos
De baixo das minhas rosetas.
Oigalete pago pra vê
Carca o garrão é bufo e mango ai,
manda solta
Que tá formado o fandango Ai,
manda solta,
Que tá formado o fandango Ai,
manda solta,
Que tá formado o fandango