Do jeito que me contaram eu fiz a moda certo na letra.
Num bar grã-fino em Pederneiras Chegou um estudante numa lambreta.
No meio dos viajantes contou vantagem até fez desfeita.
Sou campeonato nesse motor que sobe montanha e faz piruleta.
O progresso meus senhores é uma verdade que se apresenta.
Já tão matando burro e cavalo Porque o trator mata virgem enfrenta.
Foi o tempo dos cargueiro jipe é o rei da estrada barrenta.
Cavalo bom casco é de pneu que pode voar que o motor aguenta.
Um caboclo retrucou nem que eu perca tudo a minha colheita.
Desafiou ele numa aposta com seu cavalo de crina preta.
O moço puxou a carteira essa parada é barbada feita.
Cinquenta conto na meia légua Já emparearam o macho e a lambreta.
Aonde a estrada faz curva o macho ataiava pelas valeta.
Pulando tôco e cêrca de arame cavalo bão espora não aceita.
Perdeu o mocinho de vista ganhou a corrida e muita gorjeta.
E o povo tudo dava risada De vê o "playboy" empurrar a lambreta.