Pobres negros eram capturados
E forçados a trabalharem aqui
Foi assim que começou
Tirados de suas famílias
E do seu habitat natural
Colocados nos porões dos navios
E para novos horizontes levados
Chegando à terra desconhecida
Eram ali separados
Repartidos entre os senhores
Como animais eram marcados
Foi assim que começou
Valiosas mercadorias
Trabalhavam de sol à sol
O negro aqui chorava ô yayá
Derramando sangue e suor
Impelidos pelo instinto
Preservando a sobrevivência
Os negros descobrem no seu corpo
Ô yayá
Armas para resistência
E veio a liberdade
Nasceu a capoeira
Salve, salve, salve
Salve, salvador
Salve os nossos negros
Que a capoeira inventou
Salve, salve, salve
Salve, salvador
Salve os nossos negros
Que não nasceram pra terem senhor
Salve, salve, salve
Salve, salvador
Salve os nossos negros
Que a capoeira libertou