Peão no topo do edifício devorando a bóia fria
Devorando a bóia fria na corrida contra o tempo
Na corrida contra o tempo cai a chuva, passa o vento
Peão no topo do edifício devorando a bóia fria.
No sobe e desce do edifício, a construção da agonia
Peão beirando o precipício devorando a bóia fria
E nada estanca essa sangria e nada estanca o fardo eterno
Peão no topo do edifício rumo ao topo do inferno
Não adianta dizer o que eu não devo fazer
Não adianta exigir pra onde eu devo seguir
Não adianta cobrar o que eu não posso pagar
E quem não deve não teme
Eu faço da minha vida o que eu bem entender
Eu não lhe devo nada, eu devo nada a você
Eu tô tentando avisar, eu tô tentando alertar
Eu quero denunciar que eles vão levar o resto embora
Ali não pode escrever, aqui não pode cantar
Ali não pode mexer, aqui na pode rezar
É duro, mas quem sabe faz ao vivo agora
Eu tô querendo fazer; o que é que eu vou derrubar?
Eu tô querendo amar; a quem eu devo ferir?
Eu tô querendo comer; onde é que eu devo roubar?
Eu tô querendo jurar; como é que eu devo mentir?
Vamos embora, valha-me Deus, chegou a hora! (4x)
Vamos embora, valha-me Deus!
Peão no topo do edifício devorando a bóia fria
Devorando a bóia fria na corrida contra o tempo
Na corrida contra o tempo cai a chuva, passa o vento
Peão no topo do edifício devorando a bóia fria.
No sobe e desce do edifício, a construção da agonia
Peão beirando o precipício devorando a bóia fria
E nada estanca essa sangria e nada estanca o fardo eterno
Peão no topo do edifício rumo ao topo do inferno