Estou sitiado em mim mesmo.
Com os nervos latejando de agonia.
A hora da vida é assim porque
A hora da morte não existe.
E quem vai entender a minha essência.
E quem vai chorar pelas minhas lágrimas.
Se só o riso do mundo é o que domina.
Os cavaleiros desembainham suas espadas.
Por uma causa leviana e banal.
Pois para a verdadeira causa,
A única espada chama-se amor.
E o único riso origina-se da dor.
Já sei quem são os hipócritas e reconheço os que não o são.
A minha família abrange a todos.
E os principais são a indistinção.
Os que são iguais, minha estimulação.
Vejo o mundo com a minha alma.
Ouço e luto sem lamentações.
Talvez eu encontre em algum jardim,
Uma flor digna de você.
Pela briga que comprei em nome da justiça,
O seu abraço é o meu único prazer.