Não há aço que resista ao marrar da minha ira
Tão poderosos os impulsos
Tão senis as intenções
Tanta fúria em minhas veias
Tanto medo em me encontrar
Hesito agora a decisão do rumo que quero levar
Não há esponja que absorva os esgotos que em mim fluem
Tão turvo é o meu sangue
Venenoso o seu aroma
Só porquês nesta gestão
Sinto revolta ao apelar
Pinto negro em tela branca o rumo que quero levar
Não quero, não quero
Não quero, eu não quero
Não quero, não quero
Não quero hesitar
Não quero, não quero
Não quero, eu não quero
Não quero, não quero
Não quero hesitar
Não há espaço em minha selva que me purifique o ar
Tão quente é a sua brisa
Tão amorfo o seu odor
Tanta treva em meu rosário
Tanto espinho pra pisar
Quando é que vou conseguir o rumo que quero levar?
Não há princípio nem há fim
A vida é um mito ilusório
Arde e queima a nossa dor
Põe e tira um leve ardor
Uma mistura de amor, água, fogo, terra e ar
Delimitam as fronteiras do rumo que quero levar
Não quero, não quero
Não quero, eu não quero
Não quero, não quero
Não quero hesitar
Não quero, não quero
Não quero, eu não quero
Não quero, não quero
Não quero hesitar
Eu não quero hesitar
A decisão do rumo que quero levar
Eu não quero hesitar
A decisão do rumo que quero levar
Não quero, não quero
Não quero, eu não quero
Não quero, não quero
Não quero hesitar
Não quero, não quero
Não quero, eu não quero
Não quero, não quero
Não quero hesitar