Os ventos incorporam o medo
No silêncio da mata
E um jovem diuré revela o segredo
Das máscaras sagradas hei, hei
Segredos milenares
Guardados na Aruanã-Hetô
Enigma às índias que assim se profanou
Das trevas espíritos chamam
Aos deuses macabros por destruição
E as Kuni semeiam no ar sua fúria,
Seu ódio, sua condenação
Controlam as forças da natureza
E os quatro elementos assolam a aldeia
Inã-son-werá
Ressurge o poderoso Pajé
Enfrentando o mal com seu maurehé
As nuvens se beijam, tempestade no ar
Nas garras da morte o fogo virá
Crateras que tragam ocaras,
Ventos que devoram igaras
Em transe o Pajé começa a orar
É o fim do povo Karajá