Jogava rede todo dia em alto mar
Sob um sol de rachar
Pra ter o que vender
Catava coco na fazenda de um ricaã§o
Pra ganhar algum centavo
Por coqueiro que subisse
Foi pra sã£o paulo engraxar sapatos na paulista
Queria ajudava sua famãlia
Imigrante, retirante, passa perrengue pra poder sobreviver
Fazia bico como guia pra turista
Mas nã£o tinha dinheiro
Pra poder ir passear
Ia pro aã§ude com um balde na cabeã§a
Pra botar ã¡gua barrenta
E ter o que tomar
E na cidade montou um barraco na periferia
Ralava dia e noite, noite e dia
Imigrante, retirante, passa perrengue pra poder sobreviver