(Esse compasso é pra o peão costeiro
Dançar e tirar uma terrinha com o taco da bota
Dentro do rio Uruguai, parceiro véio)
Garra mangueira tão bem pra evitá queimei o meu chapéu
De um couro com pelo e tudo torci uns quatro sovel
Lavei o cinto, pelego e remendei meu tirador
Fiz um cincerro a capricho e sovei bem um maneador
Furando terneiro novo, um mocomudio uma invernada
Onde a vaca perde a oreia nos dentes da cachorrada
Sofrendo em dia de chuva tirando o gado do mato
Ou se encharcado de água e desfiado de unha de gato
Embretando gado bravo numa lida de manguera
Meu pingo lavrado em suor e eu tapado de poeira
Em touro eu boto a formiga e capo ele a macete
Vaca guampuda me avança e eu largo mocho a porrete
Só nunca fui domador eu não minto e nem apoio
Já levei rodada feia de ficar virando o zóio
Quando eu desencilho o pingo eu sesteio sobre os apero
Dormindo eu sonho com a lida, patrão
Tenho orgulho em ser campeiro