Olhei um resto de campo
E escrevi esta canção
O que me faz cantar triste
É esta destruição
Tão acabando nossos campos
Estão arando nosso chão
E quando eu canto me arrepia
E me dói no coração
E quando eu canto me arrepia
E me dói no coração
Tão destruindo nossos campos
Sou campeiro das missões
Meu peito é forte e resiste
Mas é por estas razões
Que um campeiro canta triste
Mas é por estas razões
Que um campeiro canta triste
Os mato grande da estância
Já estão tudo derrubado
Onde eu comia guavirova e ariticum
E procurava gado alçado
As nossas caças selvagens
Já não existe mais nada
Bicho de pelo e de pena tão morrendo
Nas lavoura envenenada
Bicho de pelo e de pena tão morrendo
Nas lavoura envenenada
Tão destruindo nossos campos
Sou campeiro das missões
Meu peito é forte e resiste
Mas é por estas razões
Que um campeiro canta triste
Mas é por estas razões
Que um campeiro canta triste
Estância grande são poucas
Tão repartida em piquete
Os domadores tão mudados
Existem poucos ginetes
Já não golpeiam mais no queixo
Potranca xucra ou bagual
Tão estragando os cavalos
Com esta doma racional
Tão estragando os cavalos
Com esta doma racional
Tão destruindo nossos campos
Sou campeiro das missões
Meu peito é forte e resiste
Mas é por estas razões
Que um campeiro canta triste
Mas é por estas razões
Que um campeiro canta triste
A agricultura tá acabando
Com a parte financeira deste povo
Este meu verso é um apelo pra que voltem
Para a pecuária de novo
Pois o meu canto é realidade
É cerne de cabreúva
Gado não seca com o sol, meu patrão
Nem apodrece com a chuva
Gado não seca com o sol, meu patrão
Nem apodrece com a chuva