O meu verso vem de berço
Vem da Barsa, controverso
Lebre à noite é gato pardo
Vendo à vista, vendo em partes
Prezo um prazo, sai fiado
Cobra o preço do meu fardo
Já não peço em troca agrado
Quero artista, desvendar-te
Quero a arte que me cabe nesse esporte
Ser poeta de porte
Ser um atleta quem sabe de sorte
Amor na roleta
Quanto à morte de onde meço
Não é meta e sim começo
Não o norte, sou meu guia
A seta, não alvo
A via, a reta
A linha e o corte
Meu forte? Minha veneta
E procuro alguém com porte
Como curo essa faceta
Quero a arte que me cabe nesse esporte
Ser poeta de porte
Ser um atleta quem sabe de sorte
Amor na roleta