Tem um momento na vida
Que desespera, que diz agride
Por que temos que morrer?
Eu quero muito, e o tempo é pouco
Há tantos céus a se vender
E o preço é caro, me tira tudo
Pela fé que eu não tenho
Me resta o mundo que corra o sangue
Nas veias meu corpo
Faz raízes pelo chão
A terra sob os meus pés
Meu destino nas minhas mãos
Eu tiro os pregos
Não me conformo
Eu me revolto
Contra o absurdo
Eu pulo o muro
Enfrento a sorte
Salvo da cruz
O meu inferno sou eu!
E quem blasfema
Na porta do céu
Jamais entrará
Pra ver a luz
Virgílio, me espera!
Não quero chegar
Sozinho, sem vinho
Na festa que o nossos vão dar