Olinda é pra os olhos
Não se apalpa, é só desejo
Ninguém diz: É lá que eu moro
Diz somente: É lá que eu vejo
Tem ver d’água e não se sabe
A não ser quando se sai
Não porque antes se visse
Mas porque não se vê mais
As paisagens muito claras
Não são paisagens, são lentes
Ou claridade somente