Quando oiei a terra ardendo,
Qua fogueira de São João,
/Eu perguntei a Deus do céu, uai,
Por que tamanha judiação?/
Que braseiro, que fornaia,
Nem um pé de prantação
/Por farta d'água perdi meu gado,
Morreu de sede meu alazão/
Até mesmo a Asa Branca
Bateu asas do sertão,
/Então, eu disse: "adeus Rosinha,
Guarda contigo meu coração!"/
Hoje longe, muitas léguas,
Numa triste solidão,
/Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão!/
Quando o verde dos teus oio
Se espalhar na prantação,
/Eu te asseguro não chore não, viu,
Que eu voltarei, viu, meu coração!/