Eu ando gastando a vida
Nesta jornada terrena
Recorrendo essas estâncias
E o meu rio grande torena
Tirando baldas de potro
À basto, mango e chilena
Me agrada escutar os grilos
E o canto das nazarenas
Andar garboso e tranqüilo
Pra um retoço com as morenas
Me gusta ganhar a vida
De basto, mango e chilena
Tenho fé nas garroneiras
E gineteio por farra
Taureando a vida campeira
Neste viver sem amarras
Floreio a alma de campo
Nas cordas de uma guitarra
Trago de berço esta sina
De ser gaudério e teatino
De andar enforquilhado
No lombo desses malinos
Levando a vida por diante
No rumo do meu destino
Talvez um dia eu me canse
De viver enforquilhado
E erga um rancho de leiva
No velho chão colorado
Pra contemplar horizontes
Com a prenda do meu agrado