Tumultuado está até demais este cenário
Com a exposição de otários, mas este é um mal necessário
Pra que logo seja viável um espaço comunitário
Com nossa arte notável longe do gelo herdado
Pelos parceiros do lado que embora revolucionários
Ainda continuam sem material lançado, uma pena!
Se a sina do sujeito é essa cena,
Não serei eu quem resolverá o d.x do problema
Até porque nunca fui bom nas contas
Como quem chega dizendo que faz a soma
E de fato some, quando se aborda o fato do microfone
E suas dezesseis toneladas dando frio no abdome
Se conforme, não é fome é responsabilidade
Aquela perdida ao cortarem as árvores da cidade
Tolice! Pilote sua cabeça e se esquive
Da superfície plana e ociosa da mesmice
Entre o palco e o microfone a platéia espera:
Polícia, maconha e favela
O que a vida me impôs ponho em meu repertório
Simplório, ainda que cheio o auditório
De pessoas vazias com caráter contraditório
Julgando o anônimo que se aduzia em tom eufórico
Não menos categórico que o ilusório purgatório
Dentre tantos outros difamatórios retóricos, me afasto
Deste falatório que é vasto,
Enquanto confirmo que bico sujo é mato
Ainda mais com esta viral síndrome underground,
Paga pau prum landau, mas da a bunda se for audi
Se fode, sua verdade fictícia exposta nesta ode
Não há mente sã neste mundo que discorde
É claro que, excluindo a sanidade de quem pensa
Que o brasil não é governado pela imprensa
Tolice! Pilote sua cabeça e se esquive
Da superfície plana e ociosa da mesmice
É quando piso de improviso pelo sanatório do flow
Que briso no estilo esquizo de antonin artaud
"Que absurdo!" eu escuto,
Ao saberem que o láudano ameniza pra que eu não entre em curto.
Ainda assim assumo manter coerência nos versos
Pra depois notarem a responsa neste serviço
Não remunerado ao qual me entrego
Hip-hop sociedade anonimatizada pelo ego
Tem aqueles que riem da autenticidade
Enquanto raxo dos outros e sua respectiva mesquinhez
Arrebatadora da humildade
Por sua vez catalogue:
Não há fantasmas nos quadros de van gogh
Ainda que eu me jogue em tela pincelando alguns versos
Me pós-impressionando com este surrealismo não remunerado
Ao qual me entrego
Hip-hop sociedade anonimatizada pelo ego