Impaciência com a ciência cuja lógica me desafia.
Consciência: ser sem ter com o que, querer ser sem ter o que se
quer.
Se há alguém que o é, ou se brinco com palavras que deveras não
conheço,
É por nada, por luxo, por máscara pra burro.
Impaciência com a ciência cuja lógica me desafia.
Consciência: ser sem ter com o que, querer ser sem ter o que se
quer.
Enquanto tomo chuva e espero o almoço,
Seu moço vem chegando, arrastando minhas paixões.
O resto do meu tempo penso nisso, desisto.
Acho graça do que sinto, embora a raiva prevaleça.
Seja lá o que aconteça, não mereço nem migalhas
Do resto que o Seu moço me deixou.
E nem sob tortura, não importando a cura
Perguntarei a alguém por que aqui estou?
Se há alguém que o é, ou se brinco com palavras que deveras não
conheço,
É por nada, por luxo, por máscara pra burro.
Desculpe-me se me expresso mal, meu caro animal!
Mas é que só me comunico e só, comunico-me comigo.
Só me comunico a quem se diz meu amigo. Minto! Me comunico
quando só.
Me comunico quando só. Me comunico quando só. Me comunico
quando só.
Desculpe-me se me expresso mal, meu caro animal!
Mas é que só me comunico e só, comunico-me comigo.
Só me comunico a quem se diz meu amigo. Minto! Me comunico
quando só. (impaciência!)
Me comunico quando só. Me comunico quando só (impaciência!).
Me comunico quando só.