minha benévola terra
se eu te pudesse beber,
pacificar, fazer guerra,
sentar-te à mesa e escrever.
ó minha terra de arados
de tardes lentas e quentes,
e luz que mostra parados
rebanhos incandescentes.
quando passo de automóvel
esqueço-me de onde moro
porque sou meu lar imóvel.
o rádio sempre a tocar
um coração avariado
que não posso desligar.