Eu me esquivei de todas marteladas
E,entre todas opções, tô na mais arriscada
Meus irmãos na luta iluminando cada passo
E mesmo quando me sentia só, havia alguém ali
Eu peço proteção a todos os meus
Ouço reclamações e o mundo continua igual
A força que eu peço a ti
A calma que eu peço a ti
A benção que eu peço a ti
(Ó Deus, eu sei que cê vai entender)
A força que eu peço a ti
A calma que eu peço a ti
A benção que eu peço a ti
(Ó Deus, eu sei que cê vai entender)
Ó Deus, que palhaçada tem aí pra mim?
Que desapego vou ter que aprender?
O que é que mais vou precisar passar?
Quem mais vou precisar esquecer?
Eu tô Morgado, tô meio deprê
E se te ofende quando eu fervo se eu escuto um papo errado
É que tá foda de resolver tudo que tem rolado
Manda o teu papo e se adianta, brow
Redescobrindo o meu eu
Eu perguntei para Deus
Por que me deu o livre arbítrio de escolher o que é meu?
Por que o Senhor me escolheu?
Se quem tinha que escolher era eu
Se carregava ou não o fardo de ter que ser um dos seus
Não sou rosa, não sou pura
Não sou dele e não sou sua
Meu caminho tem mais espinhos que a própria rosa nua
Na rua vago-me fazendo perguntas
Puxo, paro, e penso
A vida curta e a chance é única
De fazer a diferença ou então ser mais uma
Olhei pro céu e falei: Yeshua, Yeshua
Porque todo esse talento se, porra, ninguém me escuta?
Atura ou surta, entrei no jogo mas não foi pra disputa
Mas não vou abaixar a cabeça pra nenhum filha da puta
Que me julga puta pelas veste e não sabe da luta
Da força de vontade, que um dia ultrapassa a lua
Esses verso é sua bula
Babilônia já caiu, irmão
Tua prata não é porra nenhuma
Prefiro teu coração, Jão
Ó Deus, que palhaçada tem aí pra mim?
Que desapego vou ter que aprender?
O que é que mais vou precisar passar?
Quem mais vou precisar esquecer?
Eu tô Morgado, tô meio deprê
E se te ofende quando eu fervo se eu escuto um papo errado
É que tá foda de resolver tudo que tem rolado
Manda o teu papo e se adianta, brow
Tem noite que eu nem durmo
Só peço a Deus progresso aos meus
Rumo ao topo do topo do jogo
Luto muito mano, mas ainda é pouco
Vamo, a vida é um sopro e tudo passa
O que fica é seu legado
Faça algo concreto ou vire fumaça
Assumo, sou tão focado que eu nem fumo
Só verso, nem durmo
E o vizinho reclama do barulho, braço
É fácil falar do bagulho
Se eu fosse famoso cê comprava ingresso, certo?
Pra escutar esse mermo barulho
Que hoje eu faço com orgulho
O que eu passo no mundo eu expresso tudo nos versos
E se Deus não quisesse, que eu nascesse mudo!
Certo pelo certo, né, mano?
Sigo cantando, musicando a vida
Eu juro, até meu último suspiro vai sair rimando
Eles querem eu cego e surdo
Nesse mar que eu navego há vários anos
E não afundo nesse oceano de ego
Traga paz, que eu planto e rego
Quero mais pelo o que eu prego
O sistema quer você burro, seja martelo e não prego!
Avesso de tudo, não atendo a demanda, encomenda
É fardo que eu carrego
Pássaro preso em gaiola não canta, lamenta
Eu vou voar pelo mundo
Tu pode até tentar tirar minha razão
Tu pode me pisar e evitar minha canção
Mas, mas tu não pode evitar que eu toque seu coração
Tu não pode calar o grito de uma geração