Nas manhãs em que não amanheço
Às margens da melancolia
Imploro rompa o meu silêncio
Nas noites em que não anoiteço
A frágil linha da lucidez
Me rouba a calma
Entre sem bater
O amor será capaz de nos curar
Ou nos furtar a nostalgia
Saudosista que sou
Da utopia torpe
Se a razão me curou
E a esperança coube
Porque as janelas avistavam
Improvável
E a razão perdeu o sentido
Diante do amor
Que sem luz e sem ar
Só com pulso e calor