Não ouço nada
Não vejo nada
O que não posso fazer
Vou seguindo nessa estrada
Só pra ver o sol nascer
Numa praia qualquer
E do meu destino eu nem sei
É deixar a natureza levar
A minha vida no seu movimento
Para poder me encontrar
Em todo lugar
Nos instantes de chegada
ou de partida
O clandestino seguindo sua lei
Jamais ter tempo de parar
Sob os trilhos daquele trem
Que passa por cima
Sem ter pena de ninguém
Por isso eu sigo
Numa marcha constante
Entre nuvens de fumaça e arranha-céu
Aproveitando cada instante
Como um aprendiz inquieto
Antes de ser jogado fora do carrossel