Se Dostoiévski viveu lá na Sibéria
E não se congelou
Entre facínoras, dementes, assassinos
E gigolôs
Se Dostoiévski vivendo na cadeia
A tudo observou
Recordações da Casa dos Mortos
Ele ali gerou
Por que que eu, vivendo livre em Ipanema,
Nada produzi, xii
Será que o Sol em demasia em minha testa
Foi queimando o meu QI, que é isso...
É muito chato, gente
Me sinto um empecilho
Eu não plantei uma árvore
Não escrevi um livro, não tive um filho
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